quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Questões importantes a considerar em relação a quimioterapia paliativa


 Qual é a minha probabilidade de cura?
 Qual a probabilidade de que este tratamento venha a reduzir o tamanho do meu tumor?
 Se não posso ser curado, poderei viver durante mais tempo com este tratamento? Quanto tempo?
 Quais são os principais efeitos secundários deste tratamento?
 Vou-me sentir melhor ou pior?
 Existem outras opções como por exemplo cuidados paliativos?
 Como é que as outras pessoas tomam estas decisões?
 O que é que me pode acontecer?
 Há outras coisas que eu poderia fazer? (Testamentos, assuntos financeiros ou legais)
 Ajuda-me a falar com os meus filhos/família?
 Quem me pode ajudar a lidar com esta situação?
 O que é que eu quero transmitir à minha família acerca da minha vida?

Adaptado de Harrington, S. & Smith, T. (2008). The role of chemotherapy at the end of life: “when is enough, enough?”. JAMA, 299 (22), p. 2667-2678.

O papel da quimioterapia no final de vida: até quando é necessária?


 Em final de vida, a quimioterapia pode não prolongar a vida e pode até encurtá-la;

 A quimioterapia produz efeitos secundários adversos, precipitando hospitalizações e idas ao banco de urgência;

 A quimioterapia para tumores sólidos metastizados, tais como os do pulmão, mama, cólon ou próstrata, raramente curam os doentes. Este tratamento visa melhorar a sobrevivência, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida;

 Os doentes tendem a aceitar os tratamentos de quimioterapia mesmo que a probabilidade de obter benefícios seja muito pequena;

 Porque os doentes tendem a agarrar-se a pequenas esperanças, os oncologistas devem melhorar as suas capacidades para ajudarem os doentes a pensar claramente sobre a adequação da quimioterapia;



 É necessário discutir claramente a qualidade e quantidade de vida de se realizar ou não tratamento com quimioterapia;

 Devem existir benefícios claros no tratamento de quimioterapia para dada situação;

 Os cuidados paliativos em conjunto com os cuidados oncológicos podem melhorar os resultados em termos de saúde.

Adaptado de Harrington, S. & Smith, T. (2008). The role of chemotherapy at the end of life: “when is enough, enough?”. JAMA, 299 (22), p. 2667-2678.

Para Ler e Ver...

  • Amara, Como cuidar dos nossos
  • Marie de Hennezel, Arte de Morrer
  • Marie de Hennezel, Diálogos com a Morte
  • Mitch Albom, As Terças com Morrie
  • Morrie Schwartz, Amar e viver: Lições de um mestre inesquecível
  • Tsering Paldrom, Helena Atkin e Isabel Neto, A dignidade e o sentido da vida: reflexões sobre a nossa existência